domingo, 25 de setembro de 2011

Meu estilo "scraper"


Faço scrap desde 2007. São quase quatro anos de experimentações, pesquisas, aprendizados e cursos. Aprendi várias técnicas, conheci muitas scrapers aprendizes como eu e muitas professoras criativas e entendidas. Minha paixão pelo scrap foi imediata e intensa. Assim como as paixões devem ser. Continuo apaixonada, mas tenho minhas fases ativas, reflexivas, inativas, embora esteja sempre antenada. Vários estímulos acionam meu lado scraper, e assim, vou recolhendo e guardando fitas, fios, etiquetas, botões, folders, ingressos, retalhos de papel e tecido, crachás e tudo que se pode imaginar que uma sucateira possa reutilizar. Às vezes me sinto a verdadeira Rainha da Sucata (e olha que já critiquei minha mãe por isso, e agora, estou infinitamente pior que ela.)


Descobri que tudo pode ficar perfeito se usado corretamente. A coisa certa, no lugar certo. Por isso, descarto pouca coisa. Mas tudo isso ocupa espaço e se perde se não for bem organizado. Tanto em Lajeado como em SP criei um atelier. Em SP mantenho todo meu material de scrap, organizado no armário do quarto de visitas. Tudo está separado em caixas, pastas, potes e gavetas. Esta obsessão pela ordem facilita na hora de criar e encontrar materiais a serem utilizados. Muitas vezes lembramos que temos determinado apetrecho, detalhe, papel e, por não encontrá-lo, perdemos um tempo precioso procurando-o.


Sempre que inicio um novo projeto, o primeiro passo é selecionar todas as fotos que serão impressas e defino tamanhos de impressão. Vou desde o 6x8, 10x15, 13x18m, 15x30. Vários outros tamanhos são selecionados, sem contar as fotos que recorto ou lixo. Sempre uso fotos opacas e sem bordas. Depois de prontas, verifico papeis e acessórios (adesivos, fitas, ilhoses). Prefiro os materiais de viagem, inclusive folhas e flores secas (hábito infantil de secá-las dentro de um livro), guardanapos de hotéis e restaurantes, porta copos, jornais, folders, ingressos e mapas. Lembranças, convites, cartões, cartas. Separo tudo e coloco em pasta ou plástico. Depois vejo que equipamentos vou utilizar. Minha máquina de costura Singer, minha Cricut Expression e minhas tesouras são fundamentais.


Diferentemente de muitas scrapers uso muitas fotos. Gosto dos designs limpos e contextualizados (daí a importância dos mapas, ingressos, passagens e roteiros). Aderi à agenda ou roteiro diário de viagem, ou ao “jornaling” que explica a página trabalhada. Gosto de pensar que se um dia ficar esclerosada ou, simplesmente esquecida, minha história de vida estará devidamente registrada nos álbuns de scrap, onde fotos, viagens e momentos marcantes estarão imortalizados.


Depois de tudo organizado, pensado e planejado é só dar asas à imaginação. Gosto de começar a trabalhar e só recolher todo material quando o trabalho está concluído. Como são muitos detalhes é fácil perdê-los durante a arrumação. Por isso, só começo a fazer scrap quando estou muito animada e com uma semana folgada para me dedicar por horas a fio. A arte de recorte e colagem pode ser mais demorada do que imaginamos. Uma vez demorei seis horas numa página. A culpa foi do bordado a mão.
O resultado é sempre único. Sempre melhor, e cada vez mais, abrindo espaço para novos projetos.

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