domingo, 25 de setembro de 2011

Adolescendo

O desenvolvimento humano passa por várias fases. Provavelmente, a adolescência seja a fase que mais incomoda e tumultua o relacionamento familiar. Quando pensamos em adolescentes, logo nos vem à mente a imagem de jovens imaturos rebeldes e bagunceiros que não sabem o que querem. De certa forma, eles são assim mesmo, como nós um dia fomos. A adolescência dos nossos filhos reaviva nossos medos, sonhos, planos e fase adolescente.
Este período é difícil tanto para filhos como para pais. Para os filhos a busca de uma identidade adulta, as transformações decorrentes da ativação dos hormônios sexuais (sem nada poder fazer para bloquear ou retardar estas mudanças), a vontade de namorar, de descobrir o outro, “de ficar”, a primeira relação sexual, “a transa”, as ideias revolucionárias e o desligamento da família em busca do seu grupo (“a turma, patota, tribo”) - importante por ser a referência do jovem, a certeza de estar com quem realmente o entende – além de escolhas e responsabilidades cada vez maiores (podem sentir-se pequenos demais para arcá-las ou grandes o suficiente para fazer qualquer coisa que gostariam de fazer). Para os pais a dificuldade de enxergar que o filho não é mais aquela criança que brinca de bola ou boneca, que obedece e atende a tudo prontamente. O filho quer ir na boate, sair com amigos, ser independente. Ele cresceu, engrossou a voz, colocou corpo de homem ou mulher. Quer ser e agir de um novo jeito. Ele mudou. Ainda não é adulto, nem mais criança. Ele está em processo: está adolescendo. Além de todas estas preocupações surgem outras. A violência, as drogas, o sexo, a AIDS, a escolha profissional e de parceiro........
É nesse momento que a família mostra sua importância. Proibir e privar o filho de ir a festas e se divertir, não impedirá que ele tenha acesso às drogas, ao sexo e à violência. Às vezes, é a proibição que aumenta a vontade de sair e fazer aquilo que os pais reprovam. Fazer oposição aos pais e revolucionar costumes e tradições familiares e sociais é uma das marcas adolescentes. É a busca do próprio EU, da própria identidade.
O que fazer então? DIÁLOGO, RESPEITO e ABERTURA. A abertura que os pais dão a seus filhos para todo e qualquer assunto, irá nortear o tipo de relacionamento entre ambos. Quando a abertura é condizente surge o diálogo e o respeito. A partir daí fica mais fácil o entendimento. Assuntos como drogas, sexo, AIDS, violência - sem dúvida, difíceis - são sempre necessários e urgentes. A quantidade de estímulos e informações que os jovens recebem o tempo todo e de todo lado, nem sempre são assimilados como deveriam. Por isso, a melhor maneira de ajudar nossos filhos a se tornarem adultos ajustados e responsáveis, é permitindo informação, experimentação, apoio, carinho e compreensão.

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