quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Aeroporto

Bicho papão que virou gatinho. Frequentadora assídua da ponte aérea São Paulo/Lajeado, estou cada vez mais familiarizada com procedimentos, horários, pesos, bagagens, excessos e preços. Programo horário de voo com folga para táxi e ônibus. Procuro chegar antes de uma hora do embarque. Normalmente as filas no “check in” são enormes e odiaria perder o avião esquecida na fila ou tendo feito cera em casa para chegar no horário previsto. Atualmente insuficiente. Em dia de viagem, como já me conheço, finalizo bagagens e reviso “algumas vezes” cafeteira, fogão, janelas, portas, luzes, água. Coisa de neurótica. Sei. Tudo devidamente checado e rechecado chamo o táxi e me vou. Conforme o horário, consigo antecipar meu voo. Meu maior stress são as malas. Como vivo levando e trazendo tralhas, de lá pra cá, de cá pra lá, costumo carregar os 23 Kg permitidos. Sempre. Mesmo num simples fim de semana. Tem sido rotina retirar malas detonadas da esteira que nem me estresso mais em reclamar e pedir indenização. Estou pensando seriamente em mudar minha atitude, já que a empresa aérea não melhora o serviço. Vou estressá-los também. Por ora, espero que a etiqueta FRÁGIL, colada nas laterais, a proteja do descuido e brutalidade dos carregadores e descarregadores. O sótão em Lajeado virou um cemitério de malas inutilizadas transformadas em caixas sem rodas, alças ou fechos. Decoração de Natal, Páscoa, textos, brinquedos empilham-se cada vez mais folgados nos meus armários voadores vermelho, preto, rosa, marrom, verde, cinza, bege. Tenho pensado seriamente em adotar uma mochila e carregar o estritamente necessário. Comigo e dentro do avião. Em total segurança. Nada de livros lidos, roupas usadas, material de scrap, erva-mate, conservas de pepinos, cucas, geleias, aspargos, shitakes. Caso a mala não aguente mais esta viagem, vislumbro esta possibilidade. O que foi, foi. O que ficou, ficou. Daqui pra frente só eu e o estritamente necessário.

PS: A mala chegou inteira mas sofrida. E retorna comigo a São Paulo. Cheinha!!!!

Um comentário:

  1. suzete, levar pra arrumação da mala as palavras de ordem nas narrativas: enxugar, enxugar, enxugar...

    mas é difícil

    ResponderExcluir