segunda-feira, 4 de julho de 2011

Minha amiga Cleusa

A vida é surpreendente. Fico cada vez mais encantada e surpresa com o que ela nos reserva. Conheci a Cleusa há 25 anos. Nos tornamos grandes amigas, meio amigas, pouco amigas.
Ela adorava os filhos, a piscina e os shoppings centers. Adorava dormir e acordar cedo. Adorava o sol, a natureza e os doces. Odiava o barulho e as injustiças. Lembro de uma Cleusa que certamente mudou com os anos e com a distância. Ficaram as lembranças dos acampamentos em Parati e Campos do Jordão. Ficou o apelido “paizinho”, que até hoje uso de forma carinhosa para chamar meu marido.
Primeiro a vida, depois a morte se incumbiu de nos separar.
Há 8 anos ela morreu de câncer. Fiquei sabendo da sua doença no mesmo instante em que soube de sua morte. Ela preferiu morrer assim. Longe do olhar dos amigos. Aos 46 anos. Na época, seus dois filhos tinham nove e dezesseis anos.
De novo a vida se incumbiu de nos aproximar.
Decidimos passar o fim de semana chuvoso com o viuvo e os filhos no Guarujá. Um belo apartamento de frente para o mar . Entre o ap. e o mar, apenas um shopping center.
Sempre que olho para os filhos imagino o quanto ela gostaria do meu olhar. Agora também o mar e o shopping.
Saudades da minha amiga.

Um comentário:

  1. A Cleusa realmente deixou seu impacto.
    As lembrancas que ficaram na minha memoria de infancia:
    A Cleusa era super ousada em materia de guarda-roupa
    A Cleusa chupava "biti" (vamos deixar esse comentário assim, so quem conhece entende)
    A Cleusa tinha um gato que nao gostava de ninguém. Super bravo.
    A Cleusa tinha uma cama redonda.
    A Cleusa realmente deixou seu impacto.

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