terça-feira, 19 de julho de 2011

Amigas

Essa aí sou eu de dieta!!!! Felicíisima.


Quem tirou esta foto foi uma querida amiga que não quer ser identificada, pois foi ela que me levou pro mau caminho, e juntas devoramos croassants divinos e capuccinos regados a amarula e chantilly(pelo menos eu), e assim ambas dinamitamos nossas dietas.
Amanhã começo de novo. De novo.
Foi aí que lembrei de uma crônica bem antiguinha, mas que gosto muito, que é sobre quem são minhas amigas.
Este post, cara amiga, é em sua homenagem.

Quem são minhas verdadeiras amigas?
Já tentei responder a esta pergunta inúmeras vezes. Nunca consegui. Afinal, o que realmente faz de alguém ser ao não ser amigo ou amiga?
Apesar de muitas pessoas dizerem que não temos mais do que uma mão cheia de verdadeiras amigas (ou seja, cinco amigas), eu discordo veementemente desta afirmação. Acredito em diversos formatos de amizade.
Não acredito que um único tipo de amizade possa dar conta de todas nossas necessidades, de preencher todas nossas expectativas. Cada uma tem sua peculiaridade, seu jeito único e especial de preencher seu espaço e de se tornar nossa amiga.
Tem a amiga mãe, a amiga filha, a amiga irmã, a amiga prima, a amiga avó. Uma mistura de sentimentos únicos. Amor e ódio. Interesse. Dedicação. Ciúme. Inveja. Gratidão. Companheirismo. Cumplicidade. São as amigas que não escolhemos. Elas são nossas mesmo que não as queiramos. E por mais que brigamos, nós as adoramos. Nossas vidas acabam girando em torno delas, e as delas, em torno de nós.
Tem a amiga sogra, que pode ser uma excelente aliada. Depende muito de nós os rumos desta relação explosiva. Adoro a minha sogra! Verdade!
Tem aquela amiga com quem é ótimo passar horas ao telefone. Você fala, ela fala, você fala, ela fala. Cada uma aguardando sua vez de falar. É uma conversa sem cobrança, sem exigências. Funciona como uma catarse, pura associação livre. O conteúdo da conversa é o de menos, o importante é ter com quem falar sobre qualquer coisa. O simples conversar faz bem para as duas.
Tem aquela amiga com quem é ótimo sair para almoçar, comer pizza ou ir ao café colonial. Ela não fica reparando no quanto você está comendo, nem fica fazendo comentários sobre dietas, calorias, etc. Assim como você, ela também está farta do policiamento. Ela é perfeita porque você pode comer sem culpa. Uma raridade!
Existe a amiga que é sua fiel companheira de caminhadas, academias e dietas malucas. Existe uma troca de estímulos e incentivos de parte a parte.
A amiga com quem é ótimo ir ao cinema! Como você, ela não suporta comentários durante o filme, deixando-os para depois.
Tem a amiga com quem é ótimo ir ao shopping. Ela não te obriga a comprar o que você não quer, não alfineta suas escolhas, e se não encontrar nada do gosto, não fica dizendo para todo mundo que você está dura, ou então, que você não sabe o que quer.
Tem a amiga com quem é ótimo falar e desabafar sobre os filhos, aquela que é ótima para desabafar sobre o marido, e tem até a que é perfeita para falar mal da própria mãe e da sogra.
Tem amiga que te acha o máximo, ela é a verdadeira massagista do teu ego. É sua fã incondicional.
Tem a amiga que te inveja, e aquela que você inveja.
Tem aquelas amigas que mantém tua caixa de entrada do Outlook lotada de piadas e mensagens engraçadas e picantes. Elas são a garantia de uma boa gargalhada diária.
Tem amiga colega com quem trocamos idéias e dificuldades profissionais.
Tem a amiga terapeuta para quem falamos quase tudo, e que nos ouve pacientemente e incondicionalmente.
Tem a amiga secretária que organiza a agenda e a semana.
Tem a amiga empregada que organiza a vida doméstica, faz a comida preferida e deixa tudo do jeito que você gosta. Não me separo da minha nem por decreto.
Tem a amiga de alma. Mesmo com pouca relação, basta um olhar, e tudo já foi dito. São como vidas eclipsadas. Ao mesmo tempo em que esta amizade é tranqüilizadora, ela também assusta. Acontece apenas por identificação.
Tem as amigas de infância, de adolescência, das baladas, da universidade, do trabalho, da escola.
Tem pacientes amigas.
Para mim todas são amigas.
Cada uma é amiga de uma maneira muito especial.
Não penso que este jeito de ver as amizades seja uma forma dissociada, compartimentalizada. Penso apenas que desta forma podemos usufruir das amizades aquilo que elas têm de melhor.
Afinal, ninguém é perfeito. Nem nossas amigas.
Lajeado, fevereiro de 2007.

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