quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Check up

A lista de exames é enorme, apesar de só ter consultado dois médicos: o gineco e o ortopedista.
Decidi adotar um gineco em SP, recomendado pelas amigas. Como ele não me conhece - e possivelmente duvidou quando disse que sou uma mulher saudável – caneteou logo quase um bloco de exames: mamografia, ultrassonografias, sangue, urina ....... Um saco. Felizmente, apenas rotina. Apesar de não gostar definitivamente de ser tocada, mexida, espremida, lambuzada (por estranhos)..........repito a cada um ou dois anos, conforme orientação médica, todos os exames que me são solicitados.

Acredito e pratico a prevenção.

Por mais doloroso e detestável que seja.
Já o ortopedista, também recomendado, é por necessidade e urgência.
Venho alternando dores há mais de um ano. Em 2010 padeci com meu ombro esquerdo. Em 2011, parece que a dor só mudou de lado. Mas, diferentemente do ano passado – quando chorei de dor – resolvi buscar ajuda e tratamento antes de voltar a chorar. É aquela velha história: machuquei, tomei anti-inflamatório, Tynelol pra dor, bolsa de água quente, massagens. Ajudou? Ajudou. Mas não curou.
Tudo indica que um lado compensou o outro. O direito compensou o esquerdo e agora, o direito dói e o esquerdo vai ter que se apresentar. São as polaridades, simetrias e complementariedades. Quando um não faz, o outro assume, e quando o segundo se sobrecarrega, joga a toalha e devolve pro primeiro. Se conseguir ele reassume. Senão, problemas à vista.
Se pensarmos bem, na vida também é assim: enquanto tiver quem me leve pra cá e pra lá não aprendo a dirigir; enquanto tiver quem pague minhas contas pra que correr riscos, sair da vida boa e procurar emprego?; enquanto os outros brigam por seus/meus direitos porque me estressar e brigar por meus interesses? Enquanto, enquanto......são tantos enquantos no nosso dia a dia que nem nos damos conta.

Terceirizamos atitudes e ações, nos omitimos e não assumimos, nos acovardamos e não enfrentamos.

Nossos órgãos complementares, assim, um dia cansam ou não podem mais. Também nossos pais, mães, irmãos, amigo(a)s, namorado(a)s, maridos, esposas e colegas um dia cansam e não podem mais. Jogam a toalha.
Tudo e todos começam a doer e a incomodar.
Resolvi dar um basta nesta exploração de lados.
Cada um que dê conta de suas funções e responsabilidades, por que compensar a limitação do outro, faz ficar doente. Qualquer um e qualquer órgão.
Depois da ressonância magnética vem o eletroneuromiografia.
Semana que vem ponho os dois ombros nos eixos e em sintonia.
Apesar da dor.

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