quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cinco quilos mais gorda, cem quilos mais leve!!!!

É esta a sensação. Depois de mais de 45 dias envolvida na escrita e conclusão do livro “Longe de tudo e de todos”. Ainda não tive coragem de subir na balança, mas meus jeans não enganam. Apertadéééeésimos.
Quando comecei a escrevê-lo em fevereiro de 2010, tinha me proposto escrever com calma, sem pressa e prazo. Escrevi as 50 primeiras páginas. Em julho, retomei o livro e escrevi mais 60 páginas. A ideia de inscrevê-lo num concurso literário me colocou frente ao dilema de escrever com calma ou acelerar o ritmo e finalizá-lo com data determinada. Optei pela data determinada. Em 45 dias escrevi mais de 160 páginas. Longe de tudo e de todos ficou com 280 páginas, na versão WORD,1,5 de espaço entre linhas, fonte Arial 12. Possivelmente, mais de 400 páginas se for impresso. Tomara que seja.
Ele é a versão em romance de “Um ninho para chamar de seu – reflexões na meia idade” meu livro de crônicas sobre a mulher de meia-idade – inédito e tão mexido e remexido - que resolvi deixá-lo como banco de dados para meus escritos futuros.
Muitos me perguntam como é escrever um romance. Cada um tem suas curiosidades e eu mesmo as tenho. Gostaria sinceramente de saber como esta experiência é vivida por profissionais com anos de estrada, já que eu me enclausurava, não via graça nenhuma do lado de fora do apartamento, acabei com meu estoque de Lexotan (3mg) e com os chocolates da Páscoa, comia pizza e lazagna Sadia intercaladamente semanas a fio, dormia com um bloco e uma caneta na cabeceira e parecia um zumbi caminhando, no meio da noite, acordada por aquela palavra, aquela expressão, aquela ideia que fugiu o dia inteiro e que me obrigava a levantar e escrever. Por isso o Lexotan 3 mg. Precisava desligar. E por mais que eu escrevesse parecia não chegar nunca ao final. Consegui perder três dias inteiros de trabalho ao não salvar minhas anotações - até hoje custo a acreditar que fui capaz disso – mas o sumiço delas não encontra outra explicação lógica. Prefiro acreditar que não era a versão correta. Acabei mudando o capítulo, e agora, concluída a tarefa, posso afirmar que foi isso mesmo. Gostei do novo rumo e do ritmo que consegui dar ao romance.
Agora só resta esperar e torcer.
Voltar à dieta, às atividades físicas, às leituras.
Voltar à vida. Sem me sentir prisioneira de uma cadeira e de uma história
Será que ser escritora é assim?

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