Comecei a fazer uma Oficina de Escrita Criativa. A primeira aula foi fantástica. Amei. Aliás, é a primeira vez que estudo para aprender a escrever. Espero que meu aprendizado se reflita rapidamente nas minhas crônicas e artigos postados aqui. O tema da aula foi o tempo. E o tema de casa foi descrever o que se passa na cabeça de alguém minutos antes de saltar de um trampolim. Detalhe: não posso usar as palavras "se", "não" e "que".
Vejam o resultado:
Eu e minhas bebedeiras!!!!
Oh céus! Como fui parar nesta situação? Eu e minhas malditas bebedeiras. Poderia ter ficado quietinha no meu canto, mas .....foi só alguém - logo quem – duvidar da minha coragem. Como fui aceitar me expor desta forma?Todos devem estar me olhando e quem me conhece sabe o quanto estou sendo impetuosa e incontida. Ou o quanto devo ter bebido: uma ou duas garrafas de vinho? Com o frio tenebroso, o papo gostoso, a vontade de relaxar e esquecer os problemas......quem se importa agora com isso. Fui a única a topar, como sempre. E aqui estou: insuficientemente bêbada para me jogar de ponta-cabeça na água congelada da piscina do clube, em pleno inverno glacial. Cairei antes de chegar na ponta do trampolim? É este o nome do treco por onde devo correr e saltar para a vergonha e a humilhação? Todos devem ter recuperado um pouco a sensatez, assim como eu; voltar atrás agora significa desistir e perder minha credibilidade. Confirmarei assim, com todas as letras, o quanto sou idiota, competitiva e o quanto estou bêbada? Ou melhor, estava. Todos estão sequinhos e em segurança, divertindo-se às minhas custas na beira da piscina, rindo da palhaça bêbada – pelo menos deveria ter bebido um pouco mais – estaria segura e tranqüila na inconsequência e estupidez da bebida. E pularia sem problemas. Quantas vezes pulei embriagada nas situações mais absurdas possíveis e depois, passada a bebedeira, ficava pasma com minha coragem e audácia. Rompi assim meu noivado, pedi demissão em pleno bar, topei sair com um completo desconhecido. Definitivamente, preciso parar de beber. A bebida ainda me mata. E a água da piscina. Aliás, num frio destes, as piscinas permanecem cheias de água?Pode ser gelada, tanto faz. Melhor o gelo da água ao gelo da dureza do azulejo. Céus, sem água na piscina estou morta. E agora: olho para baixo e me certifico sobre a água, e confirmo ser a palhaça bêbada ou simplesmente me jogo e vejo, ou melhor, espera. É só olhar para baixo. Idiota, bêbada. Tem água sim. Graças a Deus. Grande coisa! E agora vou em frente ou desisto?Assumo o quanto sou imatura, impetuosa, boba e bêbada?............Vou pular.............Será?.....................Fui.
Gostaram?
Quem é a bêbada da história? Não faço a mínima idéia. Alguém se identificou com a personagem?
Poquitito, poquitito.
Suzete
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