quarta-feira, 13 de abril de 2011

Cantando pneus!!!!!

A primeira versão de “Um ninho para chamar de seu - reflexões na meia idade” já se perdeu faz tempo. Tenho a vaga lembrança de que tudo começou em 2007. De lá para cá cada linha foi repensada e reformulada. Até o título foi mudado. Mas felizmente, de todas as tesouradas e deletadas, o nome do livro prevalecerá.
Este é um pedaço de um grande mosaico que se chamava "Afinal, que ninho é este?" Ganhou nova forma, reduziu seu tamanho e acho que ficou didático e introdutório. Gostei.

Ninho

Ninho, etimologicamente, é a habitação das aves, feita por elas para a postura de ovos e criação dos filhotes. Pode ser um refúgio e um abrigo, e, por conseguinte, a casa paterna. Nosso lar.
Poderíamos dizer: uma casa, um ninho? Uma família, um ninho? Amigos, outro ninho?
Sim. Todos são ninhos. Melhores ou piores, todos acolhem.
Imagina quantos outros ninhos criamos ao longo de nossas vidas?
Vários. Inclusive alguns ninhos de cobras! Infelizmente.
Etimologicamente falando, cobra designa ofídio venenoso ou não. Ou uma figura de má índole e/ou de mau gênio. Ninho de cobras, segundo o Aurélio, é o lugar onde há pessoas de índole má e traiçoeiras.
E o ninho vazio. O que é?
Psicologicamente falando identificamos o ninho vazio quando os pais estão entre os quarenta e os sessenta anos. Ou seja, na meia-idade. E a característica mais marcante é a saída dos filhos.
Assim, ou seja, depois de criados, nossos filhotes ganham o mundo!!!!
Como na vida animal.
Suspeito que não seja exatamente “como”. Vejo em muitos National Geograph e Discovery Chanel os pais jogando seus filhotes dos ninhos, literalmente expulsando-os. Não é o que humanos fazem. Pelo menos, não normalmente. Não vejo nenhum sofrimento neste comportamento animal. Vejo apenas a certeza instintiva e inata de lançar filhotes prontos ao mundo.
Será que nosso sofrimento reflete a incerteza sobre os filhos que lançamos ao mundo? Será que sobreviverão em meio aos ninhos de cobras, às intempéries e à vida em si?

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